Lembro-me que quando criança, no final da década de 1950, minha mãe Laura Lima da Silva, costumava pelo menos uma vez por ano, fazer uma peregrinação com nossa família até o local do ‘martírio’ de Benigna, como grande devoção e manifestação de fé e amor à Serva de Deus, vista por todos nós como uma ‘santinha’. Isso se deu por vários anos, muito antes das primeiras romarias.
Nessas visitas nos acompanhava a senhora Ana Cardoso, cunhada de minha mãe, e que era irmã do pai de Benigna, portanto, tia da menina.
Íamos a pé e chegando no Sítio Oití rezávamos no monumento e acendíamos velas.
Minha mãe dizia que Benigna era ‘santa’ e que já tinha alcançado muitas graças. Padre Cristiano também afirmava a santidade de Benigna. Minha mãe foi catequista na paróquia por muitos anos.
Ana Lima Silva
Tenho conhecimento, por ter presenciado, que o túmulo da família Sisnando Leite, onde Benigna fora sepultada, no Cemitério São Miguel, era bem visitado por populares ao longo de todo o ano de maneira mais discreta e de forma especial no dia de finados, oportunidade na qual temos o hábito de visitar os nossos fieis defuntos.
O túmulo de Benigna ficava rodeado de pessoas que lá acendiam velas, levavam coroas de flores e faziam suas orações. A quantidade de pessoas era tamanha que nos impedia de chegarmos mais próximos do local.
Sou uma devota de Benigna. Já alcancei graças por intermédio dela, inclusive atribuo a ela a conquista de minha atual residência. Muitas vezes pedi a Benigna que me alcançasse o benefício de uma casa própria. Na época eu não tinha condição financeira para adquirir uma. No entanto, um Senhor conhecido meu, tinha uma casa para negociar e mesmo sabendo que eu não tinha o valor para compra-la, me vendeu o imóvel e por um preço acessível. Costumo sempre dizer que a casa foi Benigna que me deu.
Aldeídes Dantas Peixoto
Santana do Cariri-CEAlcancei uma grande graça através da sua intercessão. Estava com uma enfermidade que nenhum médico foi capaz de diagnosticar e que resultou na queda total do meu cabelo. Tomei muitos medicamentos, que não surtiam nenhum efeito. Fui a vários hospitais, sem nenhum sucesso.
Em meio a aflição certo dia fui chorando ao monumento de Benigna à beira da estrada entre Inhumas e Santana. Lá pedi a intercessão dela e prometi que se alcançasse a graça de ser curada daquela doença eu iria descalça, àquele local rezar e acender velas. Prometi ainda que nunca mais cortaria meu cabelo.
Graças a Deus e a intercessão de Benigna milagrosamente meu cabelo cresceu, nunca mais caiu e fui cumprir o prometido.
Rosilene Rodrigues da Silva
Vicência-PETestemunho que fui colega de escola de Benigna, quando estudávamos em Inhumas. Ela era uma menina calma e comportada. Acompanhei a história de sua morte que foi para defender sua honra.
Conheci o assassino, pois o mesmo, era meu primo legítimo, que arrependeu-se imensamente da tragédia que havia cometido.
Pouco tempo depois da morte de Benigna, se ouviu comentários que pessoas estavam alcançado graças pela intercessão da menina.
Eu mesmo fui agraciada. No início da década de 70, a cerca de 45 anos atrás, fiz uma promessa com Benigna, pedindo que ela curasse meu filho, acometido de doença desconhecida e desenganado pelos médicos. Graças a Deus e a Benigna fui valida e meu filho ficou curado.
Ouvi muitas pessoas testemunharem curas, milagres e graças alcançadas pela intercessão da jovem. Inclusive as irmãs de Raul, minhas primas, pediam a proteção de Benigna e segundo elas também recebiam benefícios.
Raimunda Alves Tomaz
Sítio Riacho Grande, Araripe-CEEm novembro de 1983, com 36 anos de idade enfrentava uma gravidez de risco. Fiz votos apelando à menina Benigna pois já estava em trabalho de parto a muito tempo e a criança não nascia.
Quando fiz essa rogativa eram duas horas da tarde. Pouco tempo depois dei à luz a uma menina linda, que pesou quatro quilos e setecentos gramas.
Em sinal de gratidão pela graça que alcancei dei a minha filha o nome de Cristiane Benigna.
Ana Francisca dos Santos (D. Anita)
Distrito de Araporanga, Santana do Cariri-CEVenho testemunhar uma graça alcançada pela intercessão da menina Benigna. Me encontrei em momentos difíceis com um filho acometido de epilepsia. Mesmo tomando a medicação na hora certa não via resultado.
Com muita fé me vali de Benigna, pedindo que ela curasse meu filho, prometendo vir com ele rezar e acender velas no local onde ela fora morta, nos deslocando à pés de Araporanga à Inhumas.
Para glória de Deus, meu filho tem hoje 31 anos, ficou curado e nunca mais sentiu nada, podendo hoje viver normalmente.
Por essa graça alcançada nos tornamos devotos de Benigna e confiamos em Deus que teremos a graça de ver a mesma beatificada.
Francisca Sebastiana de Oliveira Lima
Distrito de Araporanga, Santana do Cariri-CEQuero aqui registrar uma graça alcançada por intercessão de Benigna em favor de Angelúcia Moreno dos Santos.
Angelúcia é vizinha minha, nascida no ano de 1975. Aos doze anos de idade (em 1987) ela sofreu um tiro de espingarda, disparada acidentalmente por seu irmão Pedro Moreno dos Santos, na época com dez anos de idade. O tiro certeiro na garganta de Angelúcia comoveu toda cidade. A mesma corria risco de vida ou mesmo que se escapasse não voltaria a falar.
No momento da aflição pedi a menina Benigna que intercedesse junto a Deus pela cura de Angelúcia. Ao chegar ao hospital o médico que a examinou detectou que não havia mais nenhum vestígio de chumbo na garganta dela.
Graças a Deus e a intercessão de Benigna o forte sangramento na garganta dela fez com que toda munição fosse expulsa. A recuperação da mesma foi surpreendente e ela não ficou com nenhuma sequela.
Tenho em meu coração que a menina Benigna é ‘Santa’. Nasci no ano de 1945 e tomei conhecimento da sua história aos meus treze anos de idade. Desde então com muita fé venho alcançando graças.
Francisca Feitosa dos Santos
Santana do Cariri-CEEu, Francisco de Souza Machado, tenho 69 anos. Sou filho de Santana do Cariri, aí morei até a idade de quinze anos. Desde criança tomei conhecimento da fama de santidade de Benigna, a quem o povo se referia como ‘Santa Benigna’.
Sei que ela sofreu muito, pois o rapaz quis abusar dela e como ela não aceitou, for morta por ele perversamente.
Morei muito temo na cidade de Fortaleza-CE, hoje resido em Nova Olinda-CE. Fui ao santuário de Benigna pagar uma promessa. Fiz três cirurgias para retirada de tumores, em um intervalo de três anos. Na última cirurgia o médico disse que se não conseguisse retirar os tumores pelo colo do reto era necessário cortar o intestino. Daí eu ficaria usando uma bolsa para fazer as necessidades.
Nessa ocasião pedi a Benigna que intercedesse por mim a Deus pela minha cura, já que tinha conhecimento que muitas pessoas que recorriam a ela eram validos.
Fiz a cirurgia como o médico solicitou. Foi a mais simples. Os tumores retirados foram analisados através de biopsia e graças a Deus e a intercessão de Benigna os mesmos eram benignos e não se tratava de câncer como o médico imaginou.
Fui ao santuário dela acender velas e rezar agradecendo pela cura recebida.
Francisco de Souza Machado
Nova Olinda-CENão sei muitos detalhes da vida de Benigna porque a vi poucas vezes. Nós nos separamos quando eu tinha três anos e Benigna tinha seis. Éramos primas legítimas, o meu pai era irmão do pai dela. Morávamos na cidade de Crato-CE quando Benigna foi assassinada. Ficamos sabendo do ocorrido no dia seguinte, quando recebemos uma carta de tia Ana Cardoso contando o que havia acontecido com Benigna.
Quando voltamos para Santana em 1943, eu estava com 12 anos e já havia passado dois anos da sua morte. Nessa época ouvimos comentários sobre graças alcançadas, onde muitas pessoas iam no lugar onde ela foi morta para pagar promessas. Sempre fiz pedidos em nome dela, os pedidos foram alcançados.
Lembro-me de um acidente que aconteceu com meu pai, quando ele caiu de um burro e por conta da queda ficou muito doente. Fiz então uma promessa para que meu pai se recuperasse. Graças a Deus e à ela meu pai ficou curado.
Outra graça que alcancei pela intercessão de Benigna foi a seguinte: meu esposo, Heleno, antes de nos casarmos tinha com frequência uma febre muito forte. Ao ir consultar-se o médico disse que a febre era intermitente e muito difícil de ser curada. Mais uma vez pedi à Benigna que ajudasse para que ele ficasse curado. Depois disso, até hoje ele não teve mais recaída.
Terezinha Cardoso de Oliveira, (in memoriam)
Manaus-AMDesde criança, na década de 60 tenho conhecimento que pessoas de minha família e do sítio Tatajuba, distante cerca de 18 km da sede de Santana do Cariri, vinham pagar promessas à pé, levando flores e velas e fazendo orações na cruz de Benigna que ficava à beira da estrada entre Inhumas e Santana. Como devoção, todas as vezes que passávamos em frente àquele monumento minha mãe nos chamava para rezarmos um Pai-nosso no local.
No ano de 1983 fiz uma promessa com a Serva de Deus Benigna Cardoso para meu filho Antônio Lourenço da Silva. Ele havia sofrido um corte profundo no crânio provocado por uma enxada (instrumento de trabalho de agricultor), após uma brincadeira de um colega seu, ambos eram crianças naquela época.
Levei meu filho ao Hospital Pediátrico na cidade de Crato-CE e lá foi constado pelo médico que seria necessária uma cirurgia pois o crânio estava com uma fratura exposta. O médico ainda me disse que a operação não garantiria a sobrevivência dele e mesmo que não morresse ficaria com graves sequelas. Em meio a aflição me vali de Benigna, pedindo a ela que meu filho escapasse, que não fosse necessária a cirurgia e que ele não ficasse com sequelas, prometendo ir com ele rezar junto ao monumento dela.
Graças a Deus e a intercessão de Benigna não foi preciso operar a cabeça de meu filho e ele não ficou com nenhuma deficiência. Fui com ele pagar a promessa na pequena construção à beira da estrada aonde as pessoas depositavam ex-votos. Lá meu filho e eu rezamos e acendemos velas agradecendo por esta grande graça alcançada.
Consegui também, recentemente outra graça pela intercessão da Serva de Deus. Esse mesmo filho Antônio Lourenço após a maioridade começou a trabalhar e um certo dia não deu mais notícias. Achei que tinha acontecido alguma coisa de ruim com ele e mais uma vez pedi a Benigna para que ele estivesse bem. Passaram-se 19 anos e no último mês de janeiro descobri que ele está vivo e com saúde e desde então sempre nos comunicamos.
Edileusa Maria de Jesus
Fortaleza-CEAlcancei uma grande graça pela intercessão de Benigna no ano de 1964. Estava prestes a dar à luz a minha filha Neli Isidório Cruz. Com o tempo de gestação completado comecei a sentir muitas dores, mas que não resultavam de fato num trabalho de parto. Meu esposo, Carlos Cruz (in memoriam) resolveu me levar a um Hospital na cidade de Crato-CE percebendo a gravidade da situação.
Antes de sairmos de casa fui ao quarto e sozinha invoquei a intercessão de Benigna. Pedi que ela me ajudasse para que não acontecesse nada de mal, nem a mim e nem a minha filha, prometendo que iria ao Oití rezar em agradecimento.
Eu e meu esposo tínhamos convicção da santidade de Benigna, já que muitas pessoas a invocavam como ‘santa’. Prova disso, construímos em nossa propriedade, no sítio Oití, um monumento com uma cruz para fazer memória da jovem, na década de 1960, no lugar em que ela fora morta.
Chegamos pela tarde, por volta das cinco horas em Crato. Fiquei internada, em constante observação. Com muitas dores pensei muitas vezes que nem eu e a criança escaparíamos, mas confiante em Deus e na intercessão de Benigna aguentei aquele padecimento.
Na madrugada do outro dia, já pelas quatro horas, sem forças e estando ‘gelada’ depois de muito sofrimento pedi a parteira Dona Ceicinha que chamasse o médico Dr. Heldon pois não estava mais suportando. Quando me viu o médico disse ser necessária uma intervenção cirúrgica com urgência, caso contrário eu e a criança não resistiríamos. Naquela época só se fazia uma operação em casos extremos.
Por graça divina e intercessão de Benigna a cirurgia foi bem sucedida e a criança nasceu saudável. Completado o período pós-cirúrgico de recuperação, fui até o Sítio Oiti e junto ao monumento de Benigna rezei agradecendo-a por ter me valido naquele momento de aflição.
Lourdes Isidório Cruz (In Memoriam)
Santana do Cariri-CE